Guarda Nacional (Belo Horizonte)

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Guarda Nacional de Sua Alteza Sereníssima, o Príncipe Soberano de Belo Horizonte
National Guard of His Most Serene Highness, the Sovereign Prince of Belo Horizonte
Bandeira da Guarda Nacional
Sigla GN
Patrono Príncipe Soberano Dom Hiran
Formação 6 de fevereiro de 2020 (Guarda Civil)
6 de março de 2021 (Guarda Nacional)
Estrutura
Jurisdição Belo Horizonte
Subordinação Ministério da Segurança Nacional
Missão Defesa da Pátria, garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem.
Comando
Comandante-em-Chefe Príncipe Soberano Dom Hiran
Ministro de Estado da Segurança Nacional Tenente-General Igor Oliveira Bueno-Toniato, Marquês do Cachoeirinha
Comandante-Geral Tenente-General Igor Oliveira Bueno-Toniato, Marquês do Cachoeirinha (interino)

A Guarda Nacional de Sua Alteza Sereníssima (em inglês: National Guard of His Most Serene Highness) é uma instituição permanente e regular que tem por função primordial a manutenção da segurança nacional e a defesa da integridade territorial do Principado de Belo Horizonte.

Adequando-se ao pacifismo constitucional[1] mantido desde a fundação, a Guarda Nacional é uma instituição civil, sob estatuto civil e comando civil. Entretanto, sua estrutura hierarquizada e designações de oficiais são semelhantes à de organizações militares semelhantes.

Histórico

Selo do Comando-Geral da Guarda Civil.png

Guarda Civil

A Guarda Civil (em inglês: Civil Guard) como instituição permanente foi criada pela Lei Constitucional em 6 de fevereiro de 2020, sendo posteriormente subordinada ao então Ministério da Segurança Nacional, é órgão integrante da administração direta do Poder Executivo, organizada com base na hierarquia e na disciplina.

A Lei Complementar nº5 de 25 de junho de 2020 dispôs sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego da Guarda Civil e a criação dos então Serviços Civis, a Lei Complementar nº18 de 13 de dezembro de 2020 reestruturou o comando, a hierarquia e o funcionamento da Guarda Civil, transformando os antigos Serviços Civis em Forças de Defesa.

Guarda Nacional

Com a reforma constitucional instituída pela Primeira Emenda à Lei Constitucional em 6 de março de 2021, a Guarda Civil foi reestruturada e passou a ser denominada Guarda Nacional, essa mudança foi abordada pela Lei Complementar nº33 de 29 de abril de 2021 que dispôs sobre as normas gerais para a organização, comando e operações da Guarda Nacional e das Forças de Defesa.

Organização

Missão Institucional

A missão institucional da Guarda Nacional está disposta no artigo 35º da Lei Constitucional:

Art. 35º A Guarda Nacional de Sua Alteza Sereníssima, constituída pelas Forças de Defesa, é uma instituição nacional civil, permanente e regular, organizada com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Príncipe Soberano, e destina-se à defesa da Pátria, à garantia dos Poderes Constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Estrutura

A Guarda Nacional é administrativamente subordinada ao Conselho de Ministros, através da Secretaria Especial da Guarda Nacional.

Comando-em-Chefe

O emprego da Guarda Nacional é determinado pelo Príncipe Soberano enquanto Comandante-em-Chefe, sob a responsabilidade do Ministro de Estado da Segurança Nacional, cabendo ao Comando-Geral o acionamento dos órgãos operacionais necessários ao cumprimento da missão institucional.

Comando-Geral

Selo do Comando-Geral da Guarda Nacional.png

O Comando-Geral, órgão central da Guarda Nacional, exerce a direção superior de todas as entidades sob sua autoridade, está encarregado de elaborar o planejamento do emprego conjunto das Forças de Defesa e assessorar o Comandante-Geral na condução dos exercícios conjuntos e quanto à atuação de forças belo-horizontinas em operações estratégicas.

Competências

As competências do Comando-Geral da Guarda Nacional estão dispostas nos parágrafos 1º e 3º do artigo 7º da Lei Complementar nº33 de 29 de abril de 2021:

§ 1º Compete ao Comando-Geral:

  • I - formular a doutrina e o planejamento do emprego combinado das Forças de Defesa;
  • II - planejar e acompanhar as operações de emprego combinado das Forças de Defesa;
  • III - formular a política para o sistema de comando e controle;
  • IV - formular a doutrina comum de inteligência operacional;
  • V - estabelecer diretrizes para a atuação das Forças de Defesa nos casos de grave perturbação da ordem pública e de apoio às ações de combate aos delitos transfronteiriços ou ambientais;
  • VI - estabelecer diretrizes para a participação das Forças de Defesa nas atividades relacionadas com a defesa civil, e;
  • VII - planejar e acompanhar a participação das Forças de Defesa em operações de manutenção da paz.
...

§ 3º Compete ao Comando-Geral assessorar o Conselho de Ministras nos seguintes temas:

  • I - políticas e estratégias de segurança nacional, de inteligência e contrainteligência;
  • II - políticas e estratégias de defesa;
  • III - inteligência de defesa;
  • IV - educação e cultura, no âmbito de suas competências;
  • V - assuntos e atos internacionais e participação em representações e em organismos, no território nacional e no exterior, na área de defesa;
  • VI - atividades de integração e interoperabilidade logística, de mobilização, de segurança de alimentos, de defesa alimentar, de saúde operacional, de tecnologia, de acompanhamento de projetos de interesse da defesa, de geoinformação e meteorologia de defesa, de aerolevantamento, de catalogação, de serviço de defesa e de transporte logístico nas Forças de Defesa;
  • VII - articulação e equipamento das Forças de Defesa, e;
  • VIII - acompanhamento dos setores estratégicos nuclear, cibernético e espacial definidos na estratégia de segurança nacional e distribuídos, respectivamente, aos Estados-Maiores das Forças de Defesa.

Composição

O Comando-Geral é composto pelo Comandante-Geral e pelo Comandante-Geral Adjunto, além das seguintes autoridades:

As missões de defesa belo-horizontinas no exterior e o emprego de efetivo misto ou conjunto são coordenados pelo Serviço Conjunto de Operações Estratégicas.

Forças de Defesa

A Guarda Nacional é constituída pelas Forças de Defesa, instituições uniformizadas encarregadas da manutenção da soberania e da segurança nacional:

Competências

As competências das Forças de Defesa estão dispostas nos artigos 13º-C e 19º da Lei Complementar nº33 de 29 de abril de 2021:

Art. 13º-C Compete precipuamente às Forças de Defesa, além da sua missão constitucional, a defesa e a salvaguarda do território nacional, além das seguintes:

  • I - estudar e propor ao Conselho de Ministras:
    • a) diretrizes para a política de segurança nacional;
    • b) a formulação da política nacional de defesa territorial, bem como dar-lhe efetiva execução;
    • c) a constituição, a organização e os efetivos e providenciar o aparelhamento e o adestramento de seu efetivo, inclusive os elementos integrantes de comandos conjuntos.
  • II - ordenar e realizar pesquisas e elaborar estudos de interesse para o desenvolvimento da Força de Defesa, bem como outros de interesse para o desenvolvimento nacional que lhe sejam comeditos ou solicitados;
  • III - orientar e controlar, no que interessa à segurança nacional, demais organizações e atividades correlatas, inclusive a formação e os requisitos profissionais dos seus oficiais;
  • IV - promover a segurança nacional;
  • V - realizar e supervisionar a praticagem defensiva civil no que interessar à salvaguarda do território nacional e à segurança nacional;
  • VI - exercer o policiamento dos postos fronteiriços, visando principalmente a controlar, no que interessa à segurança nacional, o uso do território nacional;
  • VII - cooperar com os demais órgãos da administração pública na garantia dos Poderes Constitucionais, da lei e da ordem;
  • VIII - colaborar, em casos de calamidade pública, com as autoridades nacionais, regionais, locais e estrangeiras, na assistência às populações atingidas e no restabelecimento da normalidade;
  • IX - participar dos programas governamentais de:
    • a) ação cívica, e;
    • b) desenvolvimento sócio-econômico.
...

Art. 19º Cabe às Forças de Defesa:

  • I - como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo Conselho de Ministros;
  • II - as atribuições subsidiárias, preservadas as competências exclusivas das polícias judiciárias, atuar, por meio de ações preventivas e repressivas, na faixa de fronteira terrestre, no mar e nas águas interiores, independentemente da posse, da propriedade, da finalidade ou de qualquer agravo que sobre ela recaia, contra delitos transfronteiriços e ambientais, isoladamente ou em coordenação com outros órgãos do Estado, executando, dentre outras, as ações de:
    • a) patrulhamento;
    • b) revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves;
    • c) prisões em flagrante delito.

Hierarquia

A hierarquia é a base da organização da Guarda Nacional e compõe a cadeia de comando a ser seguida por todos os integrantes das Forças de Defesa em sua estrutura organizacional, as patentes foram formalmente estabelecidas pela Lei Complementar nº5 de 25 de junho de 2020.

Comandante-em-Chefe
Comandante-Geral
Força de Defesa Aérea
Força de Defesa Naval
Força de Defesa Terrestre
Oficiais Comandantes
Chefe do Estado-Maior
Almirante-Chefe da Frota
Chefe do Estado-Maior
Oficiais Comissionados
Marechal do Ar
Almirante
Marechal
Marechal-Brigadeiro
Vice-Almirante
Marechal de Campo
General
Contra-Almirante
General
Tenente-General
Comodoro
Tenente-General
Oficiais Superiores
Coronel
Capitão de Frota
Coronel
Tenente-Coronel
Capitão
Tenente-Coronel
Major-General
Comandante
Major-General
Major
Tenente-Comandante
Major
Oficiais Subordinados
Tenente
Subtenente
Alferes
Subtenente
Sargento
Cabo
Oficiais

Controvérsias

  • "Militarização"
    • A criação do Ministério da Segurança Nacional e a posterior criação dos Serviços Civis dentro da estrutura da Guarda Civil gerou críticas de setores da sociedade e do Estado sobre uma "militarização fantasma" da Guarda Civil, violando a cláusula pacifista da Lei Constitucional.
    • As críticas se tornaram mais veementes após a assinatura do Tratado do Copacabana e do Protocolo do Santa Efigênia, em que Belo Horizonte assumiu parte da responsabilidade de defesa da Dartênia e estabeleceu a Força Especial para a Proteção da Dartênia no estrangeiro.
    • Com a transformação dos Serviços Civis em Forças de Defesa, as críticas envolvendo a militarização aumentaram esponencialmente;
    • Sob a nova conjuntura, as funções de polícia ostensiva foram transferidas da agora Guarda Nacional para a recém-criada Polícia Civil, com setores da política questionando se a nova emenda não viola o pacifismo constitucionalmente instituído.

Referências

  1. BELO HORIZONTE. Lei Constitucional do Principado de Belo Horizonte de 6 de fevereiro de 2020. "Art. 1º ... § 8º O Principado de Belo Horizonte abdica perpetuamente de seu direito à estabelecer uma força militar permanente e de declarar a guerra."