Balneário Camboriú

De Micropedia
Ir para navegação Ir para pesquisar
Balneário Camboriú
—  Capital  —
200
Foto de Balneário
Bandeira da Cidade de Balneário Camboriú
Flag

Coat of arms
Nickname(s): "Balneário"
"BC"
"Europa tropical"
Mapa de Balneário Camboriú
Capital Balneário
Government
 - Prefeito-Governante (Cargo vago)
Population (2018)
 - Total 138 732 hab,
Demonym Praiano

Balneário Camboriú é a capital da colônia de Camboriú e Itajaí mas especificamente de Camboriú.

A cidade, com suas colinas íngremes que caem até o mar, é popular entre os sul-americanos. A principal avenida beira-mar é a Avenida Atlântica e seu famoso teleférico liga a praia central da cidade à praia de Laranjeiras. Ela faz fronteira com o Principado da Ilha das Cabras, que fica no interior de sua baía, dando uma bela paisagem aos turistas e as travessias para a praia próxima de Laranjeiras ocorrem a bordo de navios semelhantes às embarcações piratas do século XVII, que dão uma volta à ilha antes de retornar novamente a Balneário Camboriú.

A cidade também tem uma estátua semelhante ao Cristo Redentor no Rio de Janeiro, chamado "Cristo Luz", mas com algumas diferenças: é um pouco menor que o Redentor e retrata Jesus com uma com um círculo no ombro esquerdo, simbolizando o Sol, que abriga um holofote que brilha para toda a cidade.

Topônimo

O nome Balneário Camboriú significa "praia de Camboriú", de acordo com estudiosos e com a própria população.

História

Primeiros povos

Os primeiros habitantes da região foram povos caçadores e coletores, que foram derrotados, por volta do ano 1000 pelos índios carijós. Estes, por sua vez, foram escravizados por colonos vindos de Portugal, A ocupação definitiva da região começou com a chegada do açoriano Baltasar Pinto Corrêa e o povoamento de origem europeia da região teve início em 1758, quando luso-açorianos e algumas famílias procedentes de Porto Belo se estabeleceram no local denominado Nossa Senhora do Bonsucesso, mais tarde chamado de Barra.

Consolidação

Em 1836, chegou ao local Thomaz Francisco Garcia, com sua família e alguns escravos. Vem daí a antiga denominação de Garcia, pela qual o lugarejo ficou conhecido. Em 1848 passou a ser da cidade de Itajaí, chamado de Bairro da Barra, com a construção da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Em 1884 foi desmembrado de Itajaí, originando a Cidade de Camboriú. Atraídas pela fertilidade do solo e pelo clima, vieram então as famílias de origem alemã, procedentes do vale do Itajaí.

Um núcleo populacional foi formado durante esses anos, a população camboriuense, que mudaria o rumo da história. Em 1930, pela situação geográfica privilegiada, iniciou-se a fase de ocupação da área preferida pelos banhistas e, dois anos depois, foi construído o primeiro hotel, na confluência das atuais avenidas Central e Atlântica.

A Saga Camboriuense

Em 1926, Luís Cardoso Oliveira, e sua família e apoiadores tiveram um plano de estabelecer uma nação na região da Foz do Rio Itajaí, estavam insatisfeitos com o governo brasileiro e incentivados pelas revoltas tenentistas, pelas quais Luís Cardoso havia participado de diversas, a ideia se espalhou rapidamente pela região, os habitantes da Cidade de Camboriú e região, e os habitantes de Itajaí e região uniram forças, estrangeiros vindos da Alemanha também desejaram apoiar a causa, Klaus Schäfer, um militar alemão e genro de Luís Cardoso, uniu a população e discursou, junto com Luís para declararem liberdade e independência do Brasil.

Em 1929, a Guerra de Independência ocorre, militares brasileiros lutaram contra o recém formado Exército Camboriuense, liderado pelo próprio Luís Cardoso, que liderava todo o Bairro da Barra. No fim, Luís foi aclamado pela população Luís I "Rei de Camboriú e Itajaí" após assinar o Tratado da Independência. A Vila Borússia, atualmente distrito autônomo de Balneário e onde se situava a residência de Luís I era a capital.

Do Bairro da Barra, se separou o Bairro Vila Real para formar a Vila Borússia, onde situava o Palácio dos Cardoso-Oliveira, enquanto o Bairro da Barra permanecia como distrito autônomo da Cidade de Camboriú. Apesar disso, o Bairro da Barra cresceu, economicamente e populacionalmente. Foi lá onde ocorreu a coroação de Luís II, que modernizou a micronação.

Elevado à categoria de município-província com a denominação de Balneário de Camboriú pelo rei Luís II, em 08 de abril de 1964, desmembrado da Cidade de Camboriú. Sede no antigo distrito de Praia de Camboriú. Constituído do distrito-sede. Instalado em 20 de julho de 1964, o rei integrou a Vila Borússia à Balneário, a tornando a nova capital camboriuense. Por ordem do rei Henrique I, em 20 de novembro de 1979, o município de Balneário "de" Camboriú passou a denominar-se "Balneário Camboriú".

Em 1980 e 1981, houveram escândalos de corrupção envolvendo Henrique I, que foi um dos motivos para a Guerra Civil Camboriuense, entre republicanos e monarquistas. A cidade foi palco do desaparecimento de Henrique e parte da família real dos republicanos, os mesmos retornariam ao fim da guerra para Balneário, que corria risco de ser devastada. Henrique I abdicou do trono e assinou o Tratado Final, dando fim a monarquia em Camboriú, não havia mais condições de lutar contra os republicanos, que já houveram conquistado quase todo o país exceto pela Região Sul. A república foi instaurada, houveram conflitos sociais na cidade, entre monarquistas que queriam a volta do rei e os republicanos, que durou até o golpe renovacionista em 1985. Após a queda de Camboriú a cidade foi tomada pelos monarquistas Terposianos que instalaram fábricas de comida e vários prédios na cidade.

Geografia

A capital camboriuense pertence à Região Geográfica da Foz do Rio Itajaí, boa parte do território camboriuense está situado nessa região.

Economia

As principais atividades econômicas da capital são a construção civil e o turismo. A atividade da construção civil é supervalorizada. A ocupação se dá por edificações comerciais e residenciais, contando com cerca de 1.035 edifícios de classes média e alta.

Turismo

O turismo é a principal fonte de renda da cidade. Ela conta com uma população fixa de 128 mil habitantes, mas na alta temporada cerca de 4 milhões de turistas se revezam entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Segundo a Secretaria Camboriuense de Turismo, Balneário Camboriú é considerada o maior polo turístico da micronação e recebe turistas de toda a América do Sul e do exterior. São 18 mil leitos divididos entre hotéis, pousadas e casas de veraneio. A cidade também é reconhecida pela sua vida noturna agitada. O setor representa cerca de 13% do PIB da cidade.

Entre os equipamentos turísticos, temos na Barra Sul , um teleférico que agrega o Comple

xo Turístico UNIPRAIAS e que liga a Praia Central à Praia das Laranjeiras e às demais praias da região sul de Balneário Camboriú: Taquaras, Taquarinhas, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho. Pinho é a primeira praia de nudismo oficial de Camboriú. Essas praias são interligadas por uma estrada denominada Linha de Acesso às Praias (LAP), mais conhecida como Interpraias, que se estende até os limites do município de Itapema.

Cultura

Balneário Camboriú tem sua origem cultural na base alemã e luso-açoriana. Entre as manifestações locais, estavam: Folguedo do Boi-de-Mamão, Cantorias de Terno-de-Reis, tecelagem em tear de pente-liço, cerâmica artesanal ou louçaria de barro, fabricação de farinha de mandioca em engenho, pesca artesanal de tainha, brincadeira do boi. Na gastronomia, estavam as derivações de pratos a base de frutos do mar e farinha de mandioca, como a sopa de siri, pirão com peixe, tainha escalada (tainha cortada pelo dorso, salgada e seca ao sol, assada na grelha), sopa e bolinho de peixe, sardinha frita, em conserva ou a jato. Essas manifestações ainda são percebidas no Bairro da Barra e nas praias do sul.

Devido à migração de pessoas motivadas pela vida no litoral, a partir da década de 1960, houve um significativo aumento demográfico, agregando outras apropriações culturais às manifestações locais, contribuindo para a formação da diversidade cultural da cidade, principalmente na região central.

Hoje, é comum a prática de bocha e do dominó na praia entre as pessoas mais maduras, e atividades aeróbicas, como caminhada, corrida, passeios de bicicleta, skate, roller, para os moradores da região central. Durante o verão, o município é tomado por turistas de várias partes do Brasil, bem como de outros países, especialmente do Uruguai, Paraguai, Chile e Argentina, que, no alto verão, são em maior número que os próprios moradores. Além da praia, a vida noturna é bastante importante. A parte sul da cidade, bem como seus arredores, é muito conhecida pelas casas sertanejas e baladas mundialmente conhecidas.

Capela de Santo Amaro

A Capela de Santo Amaro, antiga Igreja Matriz do Bom Sucesso, ajuda a contar a história da região. É uma edificação singela, quase desprovida de ostentação, seguindo em linhas gerais o "modelo original" da Igreja Jesuíta de Nossa Senhora das Graças de Olinda (Pernambuco), que serviu de base para a arquitetura luso-brasileira até o limiar do século XX. A Capela passou por intervenção de restauro no ano de 2008, com recursos do governo. Sua construção foi autorizada no início do século XIX, mas especula-se que somente no ano de 1849 a obra foi iniciada, no antigo "arraial do Bom Sucesso". A assimetria nas paredes laterais, as vigas de arranque na parte posterior da edificação, a diferença de materiais e a incomum mudança de "matriz" para "capela" são indícios de que o projeto original foi descartado e a obra continuada de forma mais simplificada. Segundo a história oral resgatada na comunidade, isso se deve ao fato da comunidade ter encontrado recursos naturais potencialmente mais rentáveis rio acima, mudando a sede para onde hoje é a Cidade de Camboriú, do qual Balneário Camboriú se emancipou em 1964. A capela situa-se no Bairro da Barra, em frente à Praça dos Pescadores e da Escola de Arte e Artesanato sediada na Casa Linhares.

Casa Linhares

Casas Linhares em 1950

A Casa Linhares, remanescente dos anos 1950, é uma edificação em alvenaria, de dois pavimentos, com telhado de quatro-águas, sustentado por vigas de madeira maciça falquejada, que no linguajar local significa "cortada à facão". A história que envolve a casa reforça a riqueza do local. Construída para moradia do casal Ademar Linhares e Néia Bastos, com recursos de uma boa negociação do café da região, teve suas telhas especialmente encomendadas com a primeira forma da Cerâmica Bastos (Camboriú). Ademar Linhares, montou a primeira mercearia do local, que abastecia todas as famílias que moravam nas praias agrestes. Posteriormente, a casa abrigou a primeira farmácia da Barra, e uma barbearia e hoje abriga a sede da Escola de Arte e Artesanato "Cantando, Dançando e Tecendo nossa História", devido as suas características estéticas, históricas e por sua localização, em frente à Capela de Santo Amaro e da Praça dos Pescadores.

Galeria

Noite em Balneário
Dia de sol
Vista para o Principado da Ilha das Cabras
Letreiro

Ver também