Mudanças entre as edições de "Kováquia"

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*[https://twitter.com/Turquestonia Twitter]
 
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=== Pré-história e Antiguidade ===
 
=== Pré-história e Antiguidade ===
  
A Turquestônia está localizada em sua maior parte na Península da Anatólia, região que continuamente foi habitadas desde a antiguidade. Sabe-se que os hititas, um povo indo-europeu no II milênio a.C. fundou um poderoso império na Anatólia central, que existiu entre os séculos XVIII e XIII a.C. rivalizando em poder com o Antigo Egito.
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Localizada em sua maior parte na Península da Anatólia, região que continuamente foi habitadas desde a antiguidade. Sabe-se que os hititas, um povo indo-europeu no II milênio a.C. fundou um poderoso império na Anatólia central, que existiu entre os séculos XVIII e XIII a.C. rivalizando em poder com o antigo império egípcio.
  
 
Após o império dos hititas a região foi conquistada por outros povos como os frígios, os lídios, os lícios e etc. A Anatólia foi conquistada novamente pelo Império Aqueménida nos séculos VI e VII a.C. e posteriormente por Alexandre, o Grande em 334 a.C. E logo após sua morte, a Anatólia foi dividida em pequenos reinos helênicos.
 
Após o império dos hititas a região foi conquistada por outros povos como os frígios, os lídios, os lícios e etc. A Anatólia foi conquistada novamente pelo Império Aqueménida nos séculos VI e VII a.C. e posteriormente por Alexandre, o Grande em 334 a.C. E logo após sua morte, a Anatólia foi dividida em pequenos reinos helênicos.
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Todos esses reinos helênicos foram absorvidos pelo Império romano em meados do século I d.C. E em 324 d.C o imperador romano Constantino I escolheu a cidade de bizâncio para capital do Império, estabelecendo assim na região o Império Bizantino, que durou de 395 a 1453 d.C.
 
Todos esses reinos helênicos foram absorvidos pelo Império romano em meados do século I d.C. E em 324 d.C o imperador romano Constantino I escolheu a cidade de bizâncio para capital do Império, estabelecendo assim na região o Império Bizantino, que durou de 395 a 1453 d.C.
  
Os seljúcidas eram um povo nômade turco-oguzes que no século X viviam as margens da península da Anatólia e sob domínio do Califado Abássida. No século XI os seljúcidas começaram a emigrar para as regiões orientais da Anatólia, e após a Batalha de Manziquerta, em 1071, na qual derrotaram os bizantinos, a Anatólia se tornariam a pátria dos turcos oguzes. Esta vitória foi determinante para a formação do império seljúcida da Anatólia, ou conhecido posteriormente como Sultanato de Rum.
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Os seljúcidas eram um povo nômade turco-oguzes que no século X viviam as margens da península da Anatólia e sob domínio do Califado Abássida. No século XI os seljúcidas começaram a emigrar para as regiões orientais da Anatólia, e após a Batalha de Manziquerta, em 1071, na qual derrotaram os bizantinos, a Anatólia se tornariam a pátria dos turcos-oguzes.
  
Em 1243 os exércitos seljúcidas foram derrotados pelos mongóis, o que causou a progressiva desintegração de seu poder na região, e o império foi dividido em uma série de principados (ou beyliks).
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Esta vitória foi determinante para a formação do império seljúcida da Anatólia, ou conhecido posteriormente como Sultanato de Rum. Em 1243 os exércitos seljúcidas foram derrotados pelos mongóis, o que causou a progressiva desintegração de seu poder na região, e o império foi dividido em uma série de principados (ou beyliks).
  
Os turcos-otomanos formavam a época um dos beyliks que acabou por se impor aos restantes, principalmente a partir do reinado de Osman I, que declarou a independência em 1299, e é oficialmente considerado o fundador da dinastia e do império otomano, que historicamente expandiu-se por longo dos dois séculos cujo império durou até 1922.
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Os turcos-otomanos formavam a época um dos beyliks que acabou por se impor aos restantes, principalmente a partir do reinado de Osman I, que declarou a independência em 1299, e é oficialmente considerado o fundador do império otomano, que historicamente expandiu-se por mais de dois séculos.
  
=== A Origem ===  
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=== O domínio otomano​ ===  
  
A Turquestônia e sua gente tem origem nos povos túrquicos presentes na Península da Anatólia desde os primórdios do Califado Abássida e do Império Seljúcida. Tiveram seus primeiros registros na história com a desintegração do Sultanato de Rum, mais propriamente no século XIII, período em que a região foi dividida em diversos principados turcos independentes.
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Os turquestoneses originam-se do povo turco-oguz, um povo nômade presente na Península da Anatólia desde os primórdios do Califado Abássida e do Império Seljúcida. Tiveram seus primeiros registros na história com a desintegração do Sultanato de Rum, mais propriamente no século XIII, período em que a região foi dividida em diversos principados turcos independentes.
  
O Beylik de Turkstani, era um pequeno principado cuja população vivia em sua maior parte nas regiões montanhosas da Anatólia, e de todos os Beyliks, eram eles os menos preparados militarmente, no entanto, os mais bem organizados e instruídos em ciência, escrita, artes e música.
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O Beylik de Turkstani, era um pequeno principado tribal cuja população vivia em sua maior parte nas regiões montanhosas da Anatólia, e de todos os beyliks, eram eles os menos preparados militarmente, no entanto, os mais bem organizados e instruídos em escrita, artes e música.
  
Osman I logo estabeleceu seu poder sobre os demais grupos tribais turcos e renegados bizantinos, estendendo o controle de seu principado com objetivo de conquistar cidades bizantinas ao longo do rio Sakarya. O domínio dos turcos-otomanos começou a se estender pela Anatólia e pelos Bálcãs, e em 1326 conquistaram o Beylik de Turkstani (ancestrais dos turquestoneses), bem como a cidade de Bursa, tornando-a primeira capital do Império Otomano.
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O poderio de Osman I logo se estendeu sobre os demais grupos tribais turcos e renegados bizantinos da região, impondo seu controle sobre os demais principados com objetivo de conquistar as cidades bizantinas ao longo do rio Sakarya. O domínio dos turcos-otomanos começou a se estender pela Anatólia e pelos Bálcãs, e em 1326 conquistaram o Beylik de Turkstani (ancestrais dos turquestoneses), bem como a cidade de Bursa, legitimando o domínio e Império Otomano na região.
  
=== Períodos de ocupação e colonização micronacional na Península da Anatólia ===
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=== A resistência ao domínio otomano ===
  
O mais antigo registro de ocupação micronacional no território da Península da Anatólia micronacional data de 19 de Janeiro de 2009, com a fundação do Império Persa Otomano cujo criador e imperador chamara-se Ruan Barbosa I de Valdívia, o projeto reivindicava uma extensa faixa de terra que compreendia não só a Península da Anatólia  como a Mesopotâmia.  
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Em 1774 os turquetoneses liderados pelas forças do Príncipe Hakan, deram início a uma grande rebelião contra o domínio otomano na região de Cënnet. O levante se espalhou pelas proximidades da cidade alcançando aldeias; as forças otomanas atacaram os rebeldes matando cerca de mais de 4.000 pessoas. No entanto, mesmo despreparados, o exército de Hakan acertou em sua estratégia militar se dividindo em grupos e atacando as forças otomanas de surpresa conseguindo derrota-los.  
  
O ano de 2015 foi significativo para o micromundo lusófono em razão da criação de diversas micronações, dentre elas o Reino da Escorvânia, atual Reino Semita da Escorvânia, em 15 de fevereiro do mesmo ano, de temática essencialmente árabe, nos primórdios do projeto, reivindicava apenas o território que compreende a Província de Hatay, ao Leste do Mar Mediterrâneo, na Turquia. A considerável importância dos escorvaneses frente a liderança no movimento orientalista, propiciou sua expansão por boa parte do oriente médio. No final do mesmo ano (2015), mais propriamente em 25 de Novembro, foi criado outro projeto na região da Anatólia, chamado Reino de Mármara cujos criadores e diarcas eram Kleber Furtwängler (Kleber I) e Jorge Marcelino (Jorge I). O projeto ocupava a região de mesmo nome na atual Turquia, e possuía uma temática de viés bizantino, no entanto, restou fracassado diante da inatividade micronacional e inadequação cultural a região.
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Inspirado nos primeiros sucessos, outras rebeliões se sucederam sob a liderança do Príncipe Hakan. E em um sinal de pacificação, o governo do Sultão Abdülhamid I prometeu privilégios, mas a rebelião continuou e se espalhou ainda mais, a divisão otomana na região se rendeu aos rebeldes, que reclamavam ao império otomano sua independência, mesmo que parcial, e possibilidade de escolherem seus próprios governantes e abolir os rígidos impostos.
  
No final de 2018 foi criado o Império Otomano micronacional, micronação lusófona fundada com o objetivo de restaurar o império otomano na região da Anatólia. E assim como tantos outros projetos anteriores, reivindicava uma extensa faixa de terra que compreendia também o Sudão, Egito, Iraque e outros. Os turcos-otomanos mantiveram uma singela relação jurídica e comercial com outras micronações lusófonas, no entanto, em 28 de fevereiro de 2019, o criador e Sultão Daud I abdicou do Sultanato otomano, transferindo por acordo as terras do império ao Reino do Barin (micronação atualmente extinta), que declarou boa parte dos domínios do império em terra nullius e o transformou em Estado Protetorado, e posteriormente em República Oligárquica.
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=== O surgimento do principado e a relação de vassalagem ===
  
Em 29 de janeiro de 2020, foi assinado com o Império da Russia micronacional, o Tratado de Fatih, na qual o Distrito de mesmo nome, localizado na cidade de Istambul, foi cedido a Rússia, e atualmente abriga o Estado da Cidade de Constantinopla.
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Alarmado, o governo otomano aceitou os pedidos dos rebeldes concedendo parcial autonomia aos turquestoneses; mas se opondo a cobrança de impostos, as negociações entre os rebeldes e o governo do Sultão Abdülhamid I resultaram em setembro de 1779 no reconhecimento de Hakan como Şehzade (Príncipe), que em contra partida, como líder do povo, aceitou a oferta otomana de vassalagem ao império. No entanto, à medida que o território otomano recuou ao longo do final do século XVIII, estes se fizeram cada vez menos presentes na região, o que possibilitou aos turquestoneses iniciarem a empreitada para sua independência de fato.
  
=== A Independência ===
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=== A guerra da independência ===
  
Com a extinção do Reino do Barin; a última micronação lusófona a ocupar por inteiro a Península da Anatólia, logo deu-se início a uma grande corrida e disputa de vários países para a ocupação da região. Ao saber das intenções e investidas de colonização no território da Ásia Menor, Mehmet Sëlim tratou de buscar apoio em sua luta pela independência da região, se reuniu com grandes potências micronacionais europeias, que vendo o nascimento de mais um país no continente se propuseram em apoiar a independência.
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A medida que o território otomano recuou ao longo do século XIX, sofrendo sucessivas guerras que resultou nos vários estados separatistas do Império. A presença turco-otomana na Turquestônia se fez cada vez menos presente, o que possibilitou aos antigos vassalos iniciarem a empreitada para sua independência de fato. Foi quando em 1826, após a morte de Hakan, seu filho, Bajazeto, aproveitando a Guerra da Independência da Grécia (1821), e motivado por seus oficiais agitou uma revolta contra os otomanos em janeiro de 1827.
  
Em 28 de março de 2020 foi publicado nos mais notórios veículos de impressa micronacional, a Declaração de Bildërgazi, documento solene que declarava o território da Península da Anatólia, atual Turquia (macro) independente e soberano, e a fundação da Turquestônia.
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A II revolta turquestonesa exigia a emancipação do principado e maior autonomia, principalmente para assuntos externos. Os revolucionários foram os primeiros a adotar a bandeira tricolor de cores vermelha, preta e azul turquesa, como bandeira nacional, o que muito incomodou seus suseranos.
  
A Dinastia Kövanoğlu foi escolhida como sucessora da extinta Casa otomana de Sögüt. Mehmet Sëlim foi proclamado rei, e além de assumir integralmente a chefia do novo país, por meio da Declaração de Bildërgazi fez-se preservar a riquíssima história da Península da Anatólia nunca antes levado a sério.
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As tropas otomanas esmagaram a revolta, devastaram a região, incluindo Cënnet, principal cidade, cometendo massacres contra a população, muitos foram mortos, escravizados ou morreram de doenças da época, além disso os otomanos impuseram duras penalidades a autoridade e governo de Bajazeto I ameaçando invadir o território e cessar a autonomia do principado. Isto teve o efeito de galvanizar a opinião pública na Europa Ocidental em favor dos rebeldes turquestoneses.
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Após a II revolta em 1827, Bajazeto I foi feito prisioneiro, e logo se criou diferentes facções turquestonesas levando a região a guerras civis e consecutivas rebeliões. A mando do sultão Mamude II foi enviado um de seus generais a Turquestônia para reprimir a revolta em troca de ganhos territoriais. Os oficiais otomanos ao desembarcaram em Cënnet, que já estava devastada, tiveram um sucesso imediato, conquistando a cidade.
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Em 1829 as três grandes potências da época França, Império Russo e Reino Unido, que já apoiavam a independência grega no mesmo período, decidiram intervir no conflito e cada nação enviou um reforço militar para a Turquestônia. Cientes do apoio militar, os otomanos iniciaram um ataque as forças francesas que tiveram sucesso junto as tropas russas, inglesas e poucos oficiais sobreviventes turquestoneses conseguindo derrotar por terra e mar as forças adversárias.
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Na sequência, o Império Otomano foi forçado a reconhecer a derrota, nas negociações de rendição, em troca de reféns os ingleses exigiram a liberdade do então príncipe Bajazeto. E como resultado da guerra, ver o surgimento de um novo e pequeno país vizinho.
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=== A proclamação da I monarquia independente ===
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O ano de 1830 marcou de fato o fim da influência turco-otomana na região com a primeira Assembléia Nacional em maio; onde o então príncipe Bajazeto foi escolhido para ser rei da primeira monarquia independente; e em junho do mesmo ano foi proclamado soberano com título de Kräl (rei).
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No entanto, o reinado Bajazeto I foi governado em sua maior parte de modo oligárquico ou despótico. Durante esse período, a Turquestônia permaneceu sob a influência de suas três grandes potências protetoras, França, Rússia e Reino Unido. Mas, finalmente pode gozar de fato de uma soberania e independência, incluindo sua própria política externa, seus próprios símbolos, e suas próprias forças armadas independentes.
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=== O Golpe de Estado ===
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Após a morte do Kräl Bajazeto II em 1927 (filho de Bajazeto I), assumiu o trono seu filho, o jovem e inexperiente Hamza I. Que desde o início do reinado sua relação com alta cúpula dos militares teve um difícil relacionamento; isso porque nos anos 30 na Turquestônia foi o nascimento dos primeiros partidos e movimentos políticos e estudantis com ideais democráticos e republicanos, muitos influenciados e mantidos pelos americanos; cujo clamor era por uma maior participação popular nas decisões do Estado, bem como limitar o poder do rei.
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Na sequência, os coronéis das forças armadas se valendo da insatisfação do povo para com a monarquia; tendo por apoio a União Soviética, inicialmente se dispuseram a dividir o poder com o jovem Kräl Hamza I, que ao longo da história viu seus antepassados desempenharem um papel ativo na política, e nunca consentiria em ser uma mera figura de política, especialmente na administração militar.
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A forte influência externa de duas potências desencadearam eventos desastrosos na Turquestônia dos anos 30; de um lado os EUA que se valendo de uma população insatisfeita com o governo monárquico resistente a mudanças, cedia aos ideais americanos; de outro lado os soviéticos, que insatisfeitos com a aproximação ou influência da América na região, logo trataram de orquestrar um golpe junto aos coronéis, que a época foram favoráveis, e animados com a possibilidade de um governo mais moderno, e apadrinhado pela URSS.
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Em novembro de 1932 a alta cúpula das forças armadas sob a liderança do Coronel Dmitri Jafarov pressionaram o Kräl Hamza I a abdicar em favor do regime militar provisório; o monarca por um instante tentou um contra-golpe recorrendo aos ingleses, que restou inexpressivo frente a grave situação que se instalara no país. A cidade de Cënnet, capital do reino estava efetivamente nas mãos da junta militar dos coronéis, o palácio real cercado, as ruas tomadas por soldados e canhões de guerra, a população oprimida e proibida de sair de casa e do país.
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E então em 28 de novembro de 1932 foi dado um ultimato a Hamza I para abdicar o trono, que em caso de resistência, as consequências seriam drásticas, e previam o fuzilamento em massa da dinastia que dera a glória da independências ao país. A essa altura a família real se encontrara em cárcere na residência oficial; e em uma negociação que se desconhece o autor, a família escoltada com poucas tropas leais, seguiu rumo ao exílio, deixando para trás jóias e pertences. Desembarcaram em Belen, capital do Reino da Escorvânia, ainda com poucas economias, mas estavam seguros e em família.
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A monarquia foi a abolida em 1 de dezembro de 1932, e a junta militar do Coronel Dmitri Jafarov removeu de Hamza I o status de Kräl (rei) da Turquestônia, declarando um governo provisório.
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=== A ditadura e o regime militar ===
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A queda da monarquia ao final de 1932, que culminou em um golpe de Estado pelo regime dos coronéis provocou um período prolongado de turbulência política e social no país.
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Sob a junta militar do Coronel Dmitri Jafarov, os direitos civis foram suspensos, a repressão política foi intensificada, e os abusos aos direitos humanos, incluindo a tortura, foi legalizada. Além disso, houve uma brutal repressão a qualquer forma de resistência ao novo governo, incluindo a legalização da censura e a criminalização do apoio ao retorno da monarquia.
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O crescimento assustador da desigualdade social, a dívida externa e a inflação e a fome galopante eram problemas que os militares consideravam mínimos frente ao receio de uma guerra civil, ou uma intervenção americana.
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A Turquestônia do século XX, assim como boa parte da Europa, viveu tempos sombrios de perseguição étnica, regimes totalitários, queda das monarquias e uma forte repressão aos direitos civis.
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Na política externa, já era perceptível para o governo ditador Dmitri Jafarov o clima tenso de um conflito militar global, que em 1939 culminou no início da II Guerra Mundial.
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No entanto, o governo militar seguiu uma política de neutralidade, tentado evitar seu envolvimento na guerra e suas consequências, mas não se mostrou tímido ao regime soviético, pelo contrário flertava constantemente com o stalinismo, do líder comunista russo, Josef Stalin.
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=== Anos de Chumbo: A república popular ===
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Em 1935 foi criada a república popular da Turquestônia, sob um regime pró-soviético, que embora não tivesse se unido a URSS, foi fortemente mantido e sustentado por ela. E por influência externa, o ditador, e então presidente Dmitri Jafarov assumiu de fato o governo do país, transformando sua junta militar em partido.
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O regime republicano se manteve no poder por meio de coação e propaganda disseminada pelos meios de comunicação de massa controlados pelo Estado, o culto a personalidade do líder, a restrição de discussões e críticas livres, a censura, expurgos políticos e perseguição de grupos específicos de pessoas.
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A emigração, ou qualquer viagem ao exterior, não era permitida sem uma autorização explícita do governo. Aquisição de bens pessoais eram permitidos com certas limitações, e o setor imobiliário pertencia principalmente ao Estado.
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Dmitri Jafarov construiu uma enorme burocracia, o que sem dúvida foi responsável por milhões de mortes como resultado de vários expurgos e esforços de coletivização. Durante seu governo fez uso frequente de gulags (campos de trabalho forçado) e poder quase ilimitado, para remodelar a sociedade turquestonesa com marcas ainda hoje de um passado sombrio chamado de "anos de chumbo".
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=== A guerra civil e intervenção internacional ===
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Em 1970 morre Dmitri Jafarov, a Turquestônia entra em uma desastrosa guerra civil que culminou no fim da república popular e consequentemente na desintegração total do país. A desistência soviética foi uma resposta aos anos de recusa em que a Turquestônia retardou a integrar-se de fato a URSS.
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Na sequencia, houve uma sucessiva intervenção externa das nações vizinhas, que em uma espécie de condomínio, isolaram o país para conter a imigração e os conflitos nas fronteiras. A desintegração durou até 2017 quando o Reino do Barin assumiu de vez o controle da região, e numa tentativa frustrada criou em 2018 uma república oligárquica. No entanto, em 2020 o país foi extinto cessando assim sua intervenção na Turquestônia.
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=== A declaração de Bildërgazi e a proclamação da II monarquia independente ===
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Com a retirada da última nação a intervir na Turquestônia, deu-se início a uma grande corrida e disputa de vários países para a anexação do território.
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A oficiais turqustoneses a residentes no extinto reino do Barin, que formavam uma rica e importante elite de pessoas exiladas e apoiadores do retorno da monarquia, ao saberem das intenções e investidas internacionais de ocupação do território, apontaram para o então príncipe Mehmet Sëlim, herdeiro do trono e descendente do último Kräl Hamza I, como solução para a unificação e preservação da soberania turquestonesa.
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O príncipe Mehmet Sëlim aceitou o desafio, e tratou de buscar apoio internacional em sua luta pela ordem e retorno da monarquia na Turquestônia. Se reuniu com grandes potências europeias, que vendo o nascimento de mais um país e o retorno da paz na região, se propuseram a apoiar sua causa.
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Em 28 de março de 2020 foi publicada a Declaração de Bildërgazi, documento que proclamava a restauração da II monarquia independente, bem como a (re)fundação do Reino da Turquestônia, extinto em 1932.
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Os membros da Dinastia Kövanoğlu puderam retornar ao país depois de um exílio de 88 anos. Mehmet Sëlim foi proclamado monarca sob o título de Kräl (rei), e além de assumir integralmente a chefia da nação; por meio da Declaração de Bildërgazi fez-se preservar a admirável resistência do povo turquestonês e sua história no mural das grandes nações do mundo.
  
 
== Governo e Política ==
 
== Governo e Política ==
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== Forças Armadas ==
 
== Forças Armadas ==
 
[[Arquivo:forças armadas_turquestonia.png|miniaturadaimagem||Emblema das Forças de Armadas da Turquestônia]]
 
  
 
As Forças Armadas ou de Defesa da Turquestônia foi instituída pelo Decreto Real nº 06/2020, está submetida ao Comando do Estado-Maior e sob auxílio do Ministério da Defesa e Segurança Pública. As forças armadas consiste em uma força de segurança permanente e regular que têm como missão constitucional zelar pela defesa da pátria, pela garantia dos poderes constitucionais, bem como a lei e a ordem. Além disso, os militares turquestoneses são bastante envolvidos em ações e programas cívicos, muitos de seus grandes oficiais são hoje Ministros de Estado, membros e dirigentes da administração pública e outros. A Turquestônia adota o serviço militar obrigatório a partir da maioridade civil, com isso o jovem ao atingir 16 anos de idade deve alistar-se nas Forças Armadas, que está dividida em três classes: a) Praças; b) Oficiais, c) Grandes Oficiais. Desde sua fundação em 2020 as Forças Armadas têm sido invocada a lutar em defesa da soberania turquestonesa e para suprimir rebeliões civis. Sua maior atuação foi registrada em 07 de Abril de 2020 após conter a agressão do Tzarado da Bulgária ao anexar uma região pertencente ao país.
 
As Forças Armadas ou de Defesa da Turquestônia foi instituída pelo Decreto Real nº 06/2020, está submetida ao Comando do Estado-Maior e sob auxílio do Ministério da Defesa e Segurança Pública. As forças armadas consiste em uma força de segurança permanente e regular que têm como missão constitucional zelar pela defesa da pátria, pela garantia dos poderes constitucionais, bem como a lei e a ordem. Além disso, os militares turquestoneses são bastante envolvidos em ações e programas cívicos, muitos de seus grandes oficiais são hoje Ministros de Estado, membros e dirigentes da administração pública e outros. A Turquestônia adota o serviço militar obrigatório a partir da maioridade civil, com isso o jovem ao atingir 16 anos de idade deve alistar-se nas Forças Armadas, que está dividida em três classes: a) Praças; b) Oficiais, c) Grandes Oficiais. Desde sua fundação em 2020 as Forças Armadas têm sido invocada a lutar em defesa da soberania turquestonesa e para suprimir rebeliões civis. Sua maior atuação foi registrada em 07 de Abril de 2020 após conter a agressão do Tzarado da Bulgária ao anexar uma região pertencente ao país.
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== Links Externos ==
 
== Links Externos ==
  
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Edição das 22h00min de 27 de março de 2022

Türkestoniýa İmparatorluğu
Reino da Turquestônia

Bandeira da Turquestônia.png
Bandeira
Brasão turquestonia.png
Brasão de Armas

Lema:
"Ofertu korojn al la Krala'yı!"
"Ofereçam seus corações ao rei!"

MapaTurquestonniaAsiaMenor.svg.png
Capital Cennet
Gentílico Turquestonês, Turkestani
Língua Oficial português, turquestonês e esperanto
Religiões 95% Cristãos Ortodoxos
3% Muçulmanos
1% Judaísmo
1% crenças nativas

Governo Monarquia constitucional parlamentarista unitária
- Rei Mehmet Sëlim I
- Primeiro Ministro Príncipe Nasser Kovakköy
- Presidente da Assembleia Nacional Vago

Câmara Alta (Parlamento) Assembleia Nacional

Formação .
- Independência 28 de Março de 2020

População 15
Moeda Lira turquestonesa (L$)
EPI 3 (2017)
high
IDH 0,761 (2017)
elevado
PIB
Per capita
US$11.687 (2017)
elevado

Fuso horário (UTC-3)
Formato da data dd-mm-aaaa
Sentido de circulação de veículos Mão Direita
Cód. telef. +223
Cód. Internet .trk
Websites


A Turquestônia, oficialmente Reino da Turquestônia (em turco Türkestoniýa Krallık ou Türkestoniýa İmparatorluğu) e também conhecida como Estado da Turquestônia é uma monarquia constitucional amplamente baseada na cultura turco-balcânico, a Turquestônia é na verdade um país virtual criado por brasileiros com referência geográfica na península da Anatólia, no extremo ocidental da Ásia e se estende até a Trácia Oriental, no sudeste da Europa. O país foi criado oficialmente em 28 de Março de 2020 e compõe o universo das micronações lusófonas.

A Turquestônia como país virtual foi estabelecida inicialmente com o nome original de Império da Turquia cuja base micropatriológica era essencialmente turca, no entanto, após a renomeação do país, a Turquestônia adotou como temática uma estrutura que combinou a contemporaneidade com histórias alternativas, além de elementos culturais de povos da grande Anatólia e da cultura turco-balcânico.

Etimologia

O nome da Turquestônia em turco Turkestóniya é composto de duas estruturas: türk e o sufixo soniya cujo significo é impreciso, no entanto, pode ser definido como "aquele que é forte" nas antigas línguas turcomanas, e geralmente aplica-se aos habitantes da Península da Anatólia ou aos membros de povos turcos ou turcomanos.

A História

Pré-história e Antiguidade

Localizada em sua maior parte na Península da Anatólia, região que continuamente foi habitadas desde a antiguidade. Sabe-se que os hititas, um povo indo-europeu no II milênio a.C. fundou um poderoso império na Anatólia central, que existiu entre os séculos XVIII e XIII a.C. rivalizando em poder com o antigo império egípcio.

Após o império dos hititas a região foi conquistada por outros povos como os frígios, os lídios, os lícios e etc. A Anatólia foi conquistada novamente pelo Império Aqueménida nos séculos VI e VII a.C. e posteriormente por Alexandre, o Grande em 334 a.C. E logo após sua morte, a Anatólia foi dividida em pequenos reinos helênicos.

Todos esses reinos helênicos foram absorvidos pelo Império romano em meados do século I d.C. E em 324 d.C o imperador romano Constantino I escolheu a cidade de bizâncio para capital do Império, estabelecendo assim na região o Império Bizantino, que durou de 395 a 1453 d.C.

Os seljúcidas eram um povo nômade turco-oguzes que no século X viviam as margens da península da Anatólia e sob domínio do Califado Abássida. No século XI os seljúcidas começaram a emigrar para as regiões orientais da Anatólia, e após a Batalha de Manziquerta, em 1071, na qual derrotaram os bizantinos, a Anatólia se tornariam a pátria dos turcos-oguzes.

Esta vitória foi determinante para a formação do império seljúcida da Anatólia, ou conhecido posteriormente como Sultanato de Rum. Em 1243 os exércitos seljúcidas foram derrotados pelos mongóis, o que causou a progressiva desintegração de seu poder na região, e o império foi dividido em uma série de principados (ou beyliks).

Os turcos-otomanos formavam a época um dos beyliks que acabou por se impor aos restantes, principalmente a partir do reinado de Osman I, que declarou a independência em 1299, e é oficialmente considerado o fundador do império otomano, que historicamente expandiu-se por mais de dois séculos.

O domínio otomano​

Os turquestoneses originam-se do povo turco-oguz, um povo nômade presente na Península da Anatólia desde os primórdios do Califado Abássida e do Império Seljúcida. Tiveram seus primeiros registros na história com a desintegração do Sultanato de Rum, mais propriamente no século XIII, período em que a região foi dividida em diversos principados turcos independentes.

O Beylik de Turkstani, era um pequeno principado tribal cuja população vivia em sua maior parte nas regiões montanhosas da Anatólia, e de todos os beyliks, eram eles os menos preparados militarmente, no entanto, os mais bem organizados e instruídos em escrita, artes e música.

O poderio de Osman I logo se estendeu sobre os demais grupos tribais turcos e renegados bizantinos da região, impondo seu controle sobre os demais principados com objetivo de conquistar as cidades bizantinas ao longo do rio Sakarya. O domínio dos turcos-otomanos começou a se estender pela Anatólia e pelos Bálcãs, e em 1326 conquistaram o Beylik de Turkstani (ancestrais dos turquestoneses), bem como a cidade de Bursa, legitimando o domínio e Império Otomano na região.

A resistência ao domínio otomano

Em 1774 os turquetoneses liderados pelas forças do Príncipe Hakan, deram início a uma grande rebelião contra o domínio otomano na região de Cënnet. O levante se espalhou pelas proximidades da cidade alcançando aldeias; as forças otomanas atacaram os rebeldes matando cerca de mais de 4.000 pessoas. No entanto, mesmo despreparados, o exército de Hakan acertou em sua estratégia militar se dividindo em grupos e atacando as forças otomanas de surpresa conseguindo derrota-los.

Inspirado nos primeiros sucessos, outras rebeliões se sucederam sob a liderança do Príncipe Hakan. E em um sinal de pacificação, o governo do Sultão Abdülhamid I prometeu privilégios, mas a rebelião continuou e se espalhou ainda mais, a divisão otomana na região se rendeu aos rebeldes, que reclamavam ao império otomano sua independência, mesmo que parcial, e possibilidade de escolherem seus próprios governantes e abolir os rígidos impostos.

O surgimento do principado e a relação de vassalagem

Alarmado, o governo otomano aceitou os pedidos dos rebeldes concedendo parcial autonomia aos turquestoneses; mas se opondo a cobrança de impostos, as negociações entre os rebeldes e o governo do Sultão Abdülhamid I resultaram em setembro de 1779 no reconhecimento de Hakan como Şehzade (Príncipe), que em contra partida, como líder do povo, aceitou a oferta otomana de vassalagem ao império. No entanto, à medida que o território otomano recuou ao longo do final do século XVIII, estes se fizeram cada vez menos presentes na região, o que possibilitou aos turquestoneses iniciarem a empreitada para sua independência de fato.

A guerra da independência

A medida que o território otomano recuou ao longo do século XIX, sofrendo sucessivas guerras que resultou nos vários estados separatistas do Império. A presença turco-otomana na Turquestônia se fez cada vez menos presente, o que possibilitou aos antigos vassalos iniciarem a empreitada para sua independência de fato. Foi quando em 1826, após a morte de Hakan, seu filho, Bajazeto, aproveitando a Guerra da Independência da Grécia (1821), e motivado por seus oficiais agitou uma revolta contra os otomanos em janeiro de 1827.

A II revolta turquestonesa exigia a emancipação do principado e maior autonomia, principalmente para assuntos externos. Os revolucionários foram os primeiros a adotar a bandeira tricolor de cores vermelha, preta e azul turquesa, como bandeira nacional, o que muito incomodou seus suseranos.

As tropas otomanas esmagaram a revolta, devastaram a região, incluindo Cënnet, principal cidade, cometendo massacres contra a população, muitos foram mortos, escravizados ou morreram de doenças da época, além disso os otomanos impuseram duras penalidades a autoridade e governo de Bajazeto I ameaçando invadir o território e cessar a autonomia do principado. Isto teve o efeito de galvanizar a opinião pública na Europa Ocidental em favor dos rebeldes turquestoneses.

Após a II revolta em 1827, Bajazeto I foi feito prisioneiro, e logo se criou diferentes facções turquestonesas levando a região a guerras civis e consecutivas rebeliões. A mando do sultão Mamude II foi enviado um de seus generais a Turquestônia para reprimir a revolta em troca de ganhos territoriais. Os oficiais otomanos ao desembarcaram em Cënnet, que já estava devastada, tiveram um sucesso imediato, conquistando a cidade.

Em 1829 as três grandes potências da época França, Império Russo e Reino Unido, que já apoiavam a independência grega no mesmo período, decidiram intervir no conflito e cada nação enviou um reforço militar para a Turquestônia. Cientes do apoio militar, os otomanos iniciaram um ataque as forças francesas que tiveram sucesso junto as tropas russas, inglesas e poucos oficiais sobreviventes turquestoneses conseguindo derrotar por terra e mar as forças adversárias.

Na sequência, o Império Otomano foi forçado a reconhecer a derrota, nas negociações de rendição, em troca de reféns os ingleses exigiram a liberdade do então príncipe Bajazeto. E como resultado da guerra, ver o surgimento de um novo e pequeno país vizinho.

A proclamação da I monarquia independente

O ano de 1830 marcou de fato o fim da influência turco-otomana na região com a primeira Assembléia Nacional em maio; onde o então príncipe Bajazeto foi escolhido para ser rei da primeira monarquia independente; e em junho do mesmo ano foi proclamado soberano com título de Kräl (rei).

No entanto, o reinado Bajazeto I foi governado em sua maior parte de modo oligárquico ou despótico. Durante esse período, a Turquestônia permaneceu sob a influência de suas três grandes potências protetoras, França, Rússia e Reino Unido. Mas, finalmente pode gozar de fato de uma soberania e independência, incluindo sua própria política externa, seus próprios símbolos, e suas próprias forças armadas independentes.

O Golpe de Estado

Após a morte do Kräl Bajazeto II em 1927 (filho de Bajazeto I), assumiu o trono seu filho, o jovem e inexperiente Hamza I. Que desde o início do reinado sua relação com alta cúpula dos militares teve um difícil relacionamento; isso porque nos anos 30 na Turquestônia foi o nascimento dos primeiros partidos e movimentos políticos e estudantis com ideais democráticos e republicanos, muitos influenciados e mantidos pelos americanos; cujo clamor era por uma maior participação popular nas decisões do Estado, bem como limitar o poder do rei.

Na sequência, os coronéis das forças armadas se valendo da insatisfação do povo para com a monarquia; tendo por apoio a União Soviética, inicialmente se dispuseram a dividir o poder com o jovem Kräl Hamza I, que ao longo da história viu seus antepassados desempenharem um papel ativo na política, e nunca consentiria em ser uma mera figura de política, especialmente na administração militar.

A forte influência externa de duas potências desencadearam eventos desastrosos na Turquestônia dos anos 30; de um lado os EUA que se valendo de uma população insatisfeita com o governo monárquico resistente a mudanças, cedia aos ideais americanos; de outro lado os soviéticos, que insatisfeitos com a aproximação ou influência da América na região, logo trataram de orquestrar um golpe junto aos coronéis, que a época foram favoráveis, e animados com a possibilidade de um governo mais moderno, e apadrinhado pela URSS.

Em novembro de 1932 a alta cúpula das forças armadas sob a liderança do Coronel Dmitri Jafarov pressionaram o Kräl Hamza I a abdicar em favor do regime militar provisório; o monarca por um instante tentou um contra-golpe recorrendo aos ingleses, que restou inexpressivo frente a grave situação que se instalara no país. A cidade de Cënnet, capital do reino estava efetivamente nas mãos da junta militar dos coronéis, o palácio real cercado, as ruas tomadas por soldados e canhões de guerra, a população oprimida e proibida de sair de casa e do país.

E então em 28 de novembro de 1932 foi dado um ultimato a Hamza I para abdicar o trono, que em caso de resistência, as consequências seriam drásticas, e previam o fuzilamento em massa da dinastia que dera a glória da independências ao país. A essa altura a família real se encontrara em cárcere na residência oficial; e em uma negociação que se desconhece o autor, a família escoltada com poucas tropas leais, seguiu rumo ao exílio, deixando para trás jóias e pertences. Desembarcaram em Belen, capital do Reino da Escorvânia, ainda com poucas economias, mas estavam seguros e em família.

A monarquia foi a abolida em 1 de dezembro de 1932, e a junta militar do Coronel Dmitri Jafarov removeu de Hamza I o status de Kräl (rei) da Turquestônia, declarando um governo provisório.

A ditadura e o regime militar

A queda da monarquia ao final de 1932, que culminou em um golpe de Estado pelo regime dos coronéis provocou um período prolongado de turbulência política e social no país.

Sob a junta militar do Coronel Dmitri Jafarov, os direitos civis foram suspensos, a repressão política foi intensificada, e os abusos aos direitos humanos, incluindo a tortura, foi legalizada. Além disso, houve uma brutal repressão a qualquer forma de resistência ao novo governo, incluindo a legalização da censura e a criminalização do apoio ao retorno da monarquia.

O crescimento assustador da desigualdade social, a dívida externa e a inflação e a fome galopante eram problemas que os militares consideravam mínimos frente ao receio de uma guerra civil, ou uma intervenção americana.

A Turquestônia do século XX, assim como boa parte da Europa, viveu tempos sombrios de perseguição étnica, regimes totalitários, queda das monarquias e uma forte repressão aos direitos civis.

Na política externa, já era perceptível para o governo ditador Dmitri Jafarov o clima tenso de um conflito militar global, que em 1939 culminou no início da II Guerra Mundial.

No entanto, o governo militar seguiu uma política de neutralidade, tentado evitar seu envolvimento na guerra e suas consequências, mas não se mostrou tímido ao regime soviético, pelo contrário flertava constantemente com o stalinismo, do líder comunista russo, Josef Stalin.

Anos de Chumbo: A república popular

Em 1935 foi criada a república popular da Turquestônia, sob um regime pró-soviético, que embora não tivesse se unido a URSS, foi fortemente mantido e sustentado por ela. E por influência externa, o ditador, e então presidente Dmitri Jafarov assumiu de fato o governo do país, transformando sua junta militar em partido.

O regime republicano se manteve no poder por meio de coação e propaganda disseminada pelos meios de comunicação de massa controlados pelo Estado, o culto a personalidade do líder, a restrição de discussões e críticas livres, a censura, expurgos políticos e perseguição de grupos específicos de pessoas.

A emigração, ou qualquer viagem ao exterior, não era permitida sem uma autorização explícita do governo. Aquisição de bens pessoais eram permitidos com certas limitações, e o setor imobiliário pertencia principalmente ao Estado.

Dmitri Jafarov construiu uma enorme burocracia, o que sem dúvida foi responsável por milhões de mortes como resultado de vários expurgos e esforços de coletivização. Durante seu governo fez uso frequente de gulags (campos de trabalho forçado) e poder quase ilimitado, para remodelar a sociedade turquestonesa com marcas ainda hoje de um passado sombrio chamado de "anos de chumbo".

A guerra civil e intervenção internacional

Em 1970 morre Dmitri Jafarov, a Turquestônia entra em uma desastrosa guerra civil que culminou no fim da república popular e consequentemente na desintegração total do país. A desistência soviética foi uma resposta aos anos de recusa em que a Turquestônia retardou a integrar-se de fato a URSS.

Na sequencia, houve uma sucessiva intervenção externa das nações vizinhas, que em uma espécie de condomínio, isolaram o país para conter a imigração e os conflitos nas fronteiras. A desintegração durou até 2017 quando o Reino do Barin assumiu de vez o controle da região, e numa tentativa frustrada criou em 2018 uma república oligárquica. No entanto, em 2020 o país foi extinto cessando assim sua intervenção na Turquestônia.

A declaração de Bildërgazi e a proclamação da II monarquia independente

Com a retirada da última nação a intervir na Turquestônia, deu-se início a uma grande corrida e disputa de vários países para a anexação do território.

A oficiais turqustoneses a residentes no extinto reino do Barin, que formavam uma rica e importante elite de pessoas exiladas e apoiadores do retorno da monarquia, ao saberem das intenções e investidas internacionais de ocupação do território, apontaram para o então príncipe Mehmet Sëlim, herdeiro do trono e descendente do último Kräl Hamza I, como solução para a unificação e preservação da soberania turquestonesa.

O príncipe Mehmet Sëlim aceitou o desafio, e tratou de buscar apoio internacional em sua luta pela ordem e retorno da monarquia na Turquestônia. Se reuniu com grandes potências europeias, que vendo o nascimento de mais um país e o retorno da paz na região, se propuseram a apoiar sua causa.

Em 28 de março de 2020 foi publicada a Declaração de Bildërgazi, documento que proclamava a restauração da II monarquia independente, bem como a (re)fundação do Reino da Turquestônia, extinto em 1932.

Os membros da Dinastia Kövanoğlu puderam retornar ao país depois de um exílio de 88 anos. Mehmet Sëlim foi proclamado monarca sob o título de Kräl (rei), e além de assumir integralmente a chefia da nação; por meio da Declaração de Bildërgazi fez-se preservar a admirável resistência do povo turquestonês e sua história no mural das grandes nações do mundo.

Governo e Política

A Turquestônia é um estado unitário sob uma monarquia constitucional, governada pela Sublime Casa de Kovakköy, também chamada Dinastia Kövanoğlu, concentrada na pessoa de Sua Majestade Real, o Kräl, título em turco equivalente a rei, líder ou soberano. O monarca e sua família assumem muitos deveres oficiais, e prestam serviço a nação em cerimônias de Estado e compromissos diplomáticos. Como a monarquia turquestonesa é constitucional, o monarca tem seus poderes e funções limitadas e disciplinadas pela Constituição.

Na Constituição da Turquestônia, o monarca é preliminarmente o Chefe de Estado, mas pode em casos excepcionais pode assumir como Chefe de Governo, o rei é um símbolo nacional cuja imagem é usada para representar a soberania, a unidade do povo e do Estado. Seu perfil é cunhado na moeda corrente, estampado em selos, seu retrato é exposto em prédios públicos do governo, bem como os juramentos de lealdade e posse em cargo público são feitos em honra ao rei. O soberano turquestonês é também o Comandante Supremo das Forças Armadas, Chefe do Estado-Maior, e em 2021 foi concedido ao monarca o título honorário de autoridade secular da Igreja Nacional da Turquestônia.

O rei exerce os seus poderes também segundo a Constituição com poderes para nomear o Presidente da Assembleia Nacional, Câmara Alta de representantes do país, além da Presidência do Parlamento, o rei também nomeia o Presidente da Suprema Corte de Justiça, chefe do Poder judiciário.

É importante ressaltar que diferente do poder executivo, na qual dividem o rei e seu Primeiro-Ministro, a Assembleia Nacional (órgão máximo do Poder Legislativo) e a Suprema Corte de Justiça (órgão máximo do Poder Judiciário) são independentes.

O Governo

Na Turquestônia o rei é primeiramente o Chefe de Estado do país, no entanto, o governo é exercido na pessoa do Presidente do Governo da Turquestônia ou chamado também de Primeiro-Ministro, que é responsável por chefiar o Poder Executivo em nome de Sua Majestade o Kräl, bem como coordenar as funções da administração interna do país. É um dos mais importantes cargos políticos, pois nele está a tarefa de criar políticas para desenvolver a nação, trata-se do cargo mais disputado pelas facções políticas do país, pois ele é a chave para as mudanças da nação.

A Turquestônia por seguir um sistema institucional de um Estado Democrático de Direito, permite que os partidos políticos atuem com ampla liberdade representativa, na qual qualquer cidadão do reino pode e deve participar da formação da vontade do Estado e nas eleição de seus representantes para o Parlamento, bem como para a Presidência do Governo, uma vez que os candidatos no sistema representativo estão vinculados aos partidos, estes por sinal, tem por objetivo, no regime democrático, servir de intermediador entre o povo e o Estado. ​

Historicamente na Turquestônia o Partido Orientalista foi o primeiro partido político do país, fundado em 22 de maio de 2020 pelo Príncipe Murat Azad Kovakköy.

Até o ano de 2021 a Turquestônia esteve sob um sistema unipartidário, quando em maio do mesmo ano esse cenário mudou com a criação de um novo partido político o TSP - Partido Socialista da Turquestônia (em turco: Turkestonia Sosyalist Partisi).

Leis

Relações Exteriores

Forças Armadas

As Forças Armadas ou de Defesa da Turquestônia foi instituída pelo Decreto Real nº 06/2020, está submetida ao Comando do Estado-Maior e sob auxílio do Ministério da Defesa e Segurança Pública. As forças armadas consiste em uma força de segurança permanente e regular que têm como missão constitucional zelar pela defesa da pátria, pela garantia dos poderes constitucionais, bem como a lei e a ordem. Além disso, os militares turquestoneses são bastante envolvidos em ações e programas cívicos, muitos de seus grandes oficiais são hoje Ministros de Estado, membros e dirigentes da administração pública e outros. A Turquestônia adota o serviço militar obrigatório a partir da maioridade civil, com isso o jovem ao atingir 16 anos de idade deve alistar-se nas Forças Armadas, que está dividida em três classes: a) Praças; b) Oficiais, c) Grandes Oficiais. Desde sua fundação em 2020 as Forças Armadas têm sido invocada a lutar em defesa da soberania turquestonesa e para suprimir rebeliões civis. Sua maior atuação foi registrada em 07 de Abril de 2020 após conter a agressão do Tzarado da Bulgária ao anexar uma região pertencente ao país.

O sistema militar da Turquestônia está baseado no princípio da obrigação universal e pessoal do cidadão de proteger sua pátria. As Forças Armadas estão sob administração do Comando do Estado-Maior, na qual Sua Majestade o Kräl é o Comandante Supremo, no entanto, o Soberano pode nomear para atuar em seu nome o Chefe do Estado-Maior, na qual é responsável por toda administração e assuntos militares, bem como por todas as questões relacionadas a defesa nacional, mas o comando supremo está investido na pessoa do monarca, que tem o poder de tomar todas as medidas relativas as Forças Armadas como Comandante-em-Chefe. Assim prevê o Estatuto das Forças Armadas que: Art. 6º – São valores essenciais das Forças Armadas: I – o patriotismo; II – o civismo; III – a disciplina e o respeito. E o Art. 7º – São deveres essenciais das Forças Armadas o pundonor militar, o decoro da classe, a conduta moral, e a observância dos seguintes preceitos de ética militar (...).

Sendo assim, as Forças Armadas da Turquestônia é organizada por um rígido sistema de hierarquia onde toda corporação militar está sob a autoridade direta do Líder ou Comandante Supremo, o monarca turquestonês. No entanto, sua administração e burocracia é exercida pelo Chefe do Estado-Maior com auxílio do Ministro da Defesa e Segurança Pública em conjunto com o Quartel General e a Real Escola Militar de Guerra.

Geografia e Clima

Economia

Mídia

Logotipo do TTK Türk News

A Telecomunicações Türkestoniýa S.A ou simplesmente TTK Türk News é uma empresa de capital aberto (sociedade anônima) cujo acionista majoritário é o governo turquestonês, sendo, portanto, uma empresa estatal de economia mista. A TTK é uma rede ou canal de comunicação da Turquestônia subordinado ao Ministério da Comunicação e Imprensa, foi fundada em 08 de Junho de 2020 por iniciativa do governo turquestonês com o objetivo de servir como agência oficial de notícias do Império. Outros jornais precederam a TTK, como o editorial Devlet, que teve apenas uma única edição publicada, no entanto, com a criação da TTK foi possível reunir não só editoriais como rádio, e telejornal em uma única rede de comunicação.

Cultura

Idiomas e Línguas

Religião

A Igreja Nacional da Turquestônia, também chamada de Igreja do Povo Turquestonês, é a igreja estabelecida e apoiada pelo Estado cujo monarca reinante é a autoridade secular suprema na igreja. Em 2021 após uma consulta pública os turquestoneses se consideraram de maioria cristã oriental, embora a adesão seja voluntária, pois o Estado é laico, a Igreja Nacional é muito mais que uma organização religiosa, serve ao Estado como uma instituição social de promoção da cultura e dos valores cívicos.

A Igreja da Turquestônia se destaca por seguir um rito antigo e quase inexistente cuja liturgia religiosa remonta o aramaico e árabe antigo, além disso continua a manter o episcopado histórico da igreja primitiva dos apóstolos.

A autoridade secular é investida na pessoa do monarca que nomeia seu representante ou Ministro de Assuntos Eclesiásticos, o Secretário-Maior, no entanto, a autoridade teológica é investida na pessoa dos Arcebispos, Bispos e Padres ordenados segundo o cânones da Igreja e sob consentimento do Secretário-Maior.

São sete os santos sacramentos da igreja da Turquestônia, a Crisma, o Batismo, a Confissão, a Sagrada Comunhão, o Matrimônio, a Unção dos enfermos e a Ordenação religiosa (voluntária).

Esporte

Após a criação da FTF (Federação Turquestonesa de Futebol), vários clubes foram criados na Turquestônia, chegando a participar da Primeira Liga do Oriente, liga que mistura vários clubes do oriente médio em uma liga.

Feriados Nacionais

Nome Data Notas
Ano Novo civil 1 Janeiro Primeiro dia do calendário gregoriano, na Turquestônia é celebrado como o primeiro dia do ano civil ou ocidental.
Dia da Independência 28 de Março Dia da Declaração de Bildërgazi, que tornou a Turquestônia um país independente.
Dia da Vitória 7 de Maio Celebra-se a vitória sobre a campanha de anexação da região da Trácia Oriental pelo Tzarado da Búlgara.
Festa da Libertação Entre Março e Abril Também chamado de Páscoa para os Cristãos e Pessach para os Judeus.
Dia de São Jorge da Capadócia 23 de Abril Homenagem ao Padroeiro da Turquestônia.
Queda de Constantinopla 29 de Maio Celebra-se a Queda de Constantinopla, capital do Império Bizantino ocorrido em 29 de maio de 1453 pelo exército do Sultão otomano Mehmed II.
Krälınsdën 23 de Outubro Aniversário de Sua Majestade Real, o Kräl, conhecido também como dia do rei.
Natal 25 de Dezembro Comemoração tradicional do nascimento de Jesus.
Véspera de Ano Novo 31 de dezembro O último dia do ano gregoriano, ano civil ou ocidental

Links Externos