Mudanças entre as edições de "Cisma do Micronacionalismo no Brasil"
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Edição das 22h17min de 10 de março de 2021
O Cisma da Lusofonia foi um evento ocorrido em 2020 que marcou a divisão da comunidade micronacional de língua portuguesa em dois setores diferentes: a antiga lusofonia, que compreende todos os tipos de micronações de língua portuguesa, e o autointitulado "Setor Brasileiro", composto por micronações nominalmente derivatistas hostis a micronações que não adotam seu modelo de prática micronacional.
Índice
História
Contexto
Em 12 de março de 2020, movimentações estranhas a volta de uma organização emergente chamaram a atenção da comunidade micronacional lusófona: era criado, através do Tratado de Persenburgo, o "Setor Brasileiro", uma organização que reunia micronações insatisfeitas com o curso que o micronacionalismo lusófono havia tomado. Assim, sentindo-se excluídas pelas micronações de maior relevância da lusofonia, Kárnia-Rutênia, Deltária, o Manso, os Estados Lateranos, Luna, Ebenthal e a Quinta Velha passaram a discutir a criação de uma organização que pudesse congregá-los e ampará-los de modo a tornar mais saudáveis as práticas micronacionais lusófonas. Dessas longas conversações lideradas pelo Império Karno-Ruteno, originou-se o controverso Tratado de Persenburgo, cujo texto, apesar de buscar a construção de uma comunidade micronacional melhor, na prática, segregava violentamente a lusofonia ao delinear claramente o que era e o que não era uma micronação de verdade.
Reação Internacional
Esse tratado gerou protestos de praticamente todas as micronações lusófonas, que condenaram a nocividade do texto e desmentiram a narrativa criada pela Kárnia-Rutênia para dividir a lusofonia, ações que deram origem à Declaração da II Conferência de Microestados Lusófonos, de 12 de abril de 2020, um marco para prática micronacional lusófona, já que a declaração desmitificava o modus operandi da lusofonia e ainda deixava claro quais eram seus principais pilares.
Consequências
Após a maioria das micronações lusófonas apontarem as contradições do embrião do Setor Brasileiro, Deltária e o Reino do Manso começaram a cogitar sua saída da organização. Deltária iniciou investigações sobre os precedentes do Tratado de Persenburgo e, em 7 de abril de 2020, deixou o Setor Brasileiro através da Carta de Deliberações Deltarianas em Relação ao Tratado de Persenburgo, seu Efeito na Comunidade Internacional e seu Significado no Império. Já o Reino do Manso, depois de sofrer inúmeros ataques indecorosos de seus colegas, deixou a organização em 12 de abril de 2020. O restante das micronações signatárias ratificaram o Tratado de Persenburgo e prosseguem fazendo parte do Setor Brasileiro.
O Setor Brasileiro
Contradições
Embora tenha nascido com objetivos nobres, o Setor Brasileiro é hoje símbolo máximo do radicalismo dentro da comunidade micronacional de língua portuguesa, já que, estatutariamente, considera quaisquer micronações não derivatistas como meras "simulações". Sob essa interpretação, a maioria das micronações da lusofonia tornam-se inválidas em sua prática micronacional e, consequentemente, não existem para o Setor Brasileiro.
Essa visão deturpada do micronacionalismo, entretanto, volta-se contra os próprios integrantes do Setor Brasileiro à proporção que se constata que a prática micronacional adotada nominalmente por eles, isto é, em tese, destoa em muitos pontos da prática.